Perdas e ganhos

Esta equação perdas e ganhos ocupa um papel de destaque em nossa existência. Geralmente, para ganharmos algo, temos de perder outro. Desde as situações mais simples até nos principais dilemas da vida.

 

O título deste post é o mesmo de um livro que li faz muito tempo, de autoria de Lya Luft, e que tem como mote central o processo de envelhecimento da mulher e suas peculiaridades.

Neste caso, no entanto, optei pelo título, pois este processo de perdas e ganhos permeia a vida de cada um de nós e, certamente, encarar esta questão com naturalidade e serenidade acaba nos ajudando a sofrer menos e sentirmo-nos mais felizes.

Vou além. Esta equação perdas e ganhos ocupa um papel de destaque em nossa existência, pois ela transcende leis matemáticas. Não são diretamente proporcionais – às vezes perdemos muito e ganhamos pouco; em outras, o contrário. Em grande parte das situações da nossa vida, para ganharmos algo, temos de perder outro. Desde as situações mais simples até nos principais dilemas da vida.

Mas, afinal, trata-se de algo simples? A resposta é um sonoro e categórico não. Não é simples porque não gostamos e não somos acostumados a lidar com perdas. Se pudesse optar, o ser humano só ganharia. Também, pelo fato de que, quando temos de escolher alguma coisa em detrimento de outra, temos de decidir. E algumas pessoas são extremamente indecisas. Por último e, na minha modesta opinião, mais difícil, está naquelas situações onde este processo de perdas e ganhos, ao menos um dos componentes, é intangível, abstrato.

Isto acontece, por exemplo, quando estamos trocando alguma coisa material por um sonho, um desejo, uma convicção, um sentimento. Está ficando complicado? Calma lá. Uma coisa é perder uma reserva financeira para ganhar uma casa ou um carro novo. A pessoa disporia de um valor em dinheiro para ter em troca outra coisa. Ambas concretas e tangíveis. Mesmo assim, algumas pessoas hesitam. Sentem-se inseguras em ficar desguarnecidas financeiramente.

Entretanto, o pior reside quando trocamos algo palpável, que está em nossas mãos, por algo que parece ser subjetivo. Por exemplo, quando temos a opção de trocar uma carreira, um salário que, bem ou mal, cai na conta no final do mês, por um sonho, uma nova oportunidade que traz consigo um número igual de perspectivas e incertezas.

Já passei por algumas situações destas na vida. E, cada vez mais, uma coisa fica clara: a dificuldade em mensurarmos esta questão de perdas e ganhos acontece apenas quando não conseguimos dimensionar as nossas próprias capacidades e somos tomados pela insegurança e incerteza.

Temos de fazer escolhas – isto é inevitável. Porém, nem sempre elas são tão claras para nós. Em qualquer uma delas ganharemos algo e perderemos algo. Também é inevitável. Faz parte do nosso processo de aprendizado e humanização.

Como agir então? Pois é. Também estou aprendendo. E uma das poucas coisas que descobri é que não há perda no mundo capaz de suprir os ganhos que acompanham a sensação de obtermos nossos sonhos e nossa paz de espírito.

 

Autor: José Carlos Carturan Filho

 

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